21 janeiro 2008

Ela

Rendi-me aos seus encantos,
Uma beleza assustadora,
Uma inteligência ignorante,
Uma boca leve,
Encapada num fino baton de Primavera,
Sua pele suave, aprazível (suponho),
Faz os encantos ao toque que lhe sucede.
Esperava tocar-lhe....
A ela....a mulher......
Toquei-lhe!
E tudo me pareceu verdade.
Toda a Vida improfícua,
Todas as mentiras verdadeiras,
Todos os gritos em silêncio,
Pareceram surdir naquele momento,
É, eu sei, tudo se resolve
Ao toque dessa mulher.
Quem é ela?
Ninguém.
Ninguém importante a quem valha a pena escrever mais versos,
Ela desapareceu com os problemas económicos,
Desapareceu juntamente com a minha dificuldade em pensar,
Sumiu-se com a Nortada que de repente virou Sul.

Oh minha estrela cadente que não cai,
Mas a quem eu peço desejos,
Onde estás tu que nunca te mostraste?
Quero ver-te.......
Não o teu corpo,
Mas a ti verdadeiramente,
Não o teu espírito, nem a tua Alma,
Mas a ti verdadeiramente.
Onde estás?
Onde estarias se existisses?
No meu bolso das calças??
Que pena!
Está roto.
E nem presa na língua do sapato
ficaste.

©2008 nuno melo

5 comentários:

Joaquim Amândio Santos disse...

a ironia cortante começa a ganhar foros d eprotagonismo na sua poesia.
estilo vincado, mensagem contundente numa contemplação magnífica!

Anónimo disse...

a sua poesia é realmente diferente....absolutamente fantástica! adoro...

Anónimo disse...

a sua poesia é completamente diferente do que costumamos encontrar...absolutamente fantástica! adoro...

Anónimo disse...

poetas são aqueles que tem o dom de fazer poesia.....de qualidade, com sentimento, acessivel apenas a alguns! parabens pelo poeta que é!

mar disse...

De um trago fumo o teu poema, logo eu que nem costumo fumar e tenho asma. Que se lixe quero é ser feliz!

E tu? Queres ser-me feliz?